[…] Nossa Filosofia Espiritualista, filha das Forças Superiores, sua joia predileta, que a nós foi confiada para sua divulgação na Terra, deve ser divulgada, deve ser explanada, deve ser respeitada e obedecida por aqueles que na Terra se dizem seus instrumentos, e o devem ser de fato […]
- Luiz Alves Thomaz

Quem trabalha para o bem sente-se feliz - Por Luiz Alves Thomaz

Toda pessoa que emprega sua atividade para o bem, que age com critério e, através do trabalho honrado e à custa de seu próprio esforço consegue dar conforto aos seus, sente-se feliz e tem orgulho de ser útil aos semelhantes.

Ninguém deve deixar pairar no espírito idéias de suborno ou aproveitar-se de ocasiões de descontrole, para locupletar-se dos bens alheios, no falso entendimento de que o dinheiro obtido por outrem com sacrifício, com lutas e canseiras de longos anos de trabalho também lhe pertence, e que, por isso, não precisa esforçar-se na luta pela vida, nem fatigar-se muito, porque, mais dia menos dia, as fortunas serão repartidas igualmente entre todos. São falsas idéias que, infelizmente, obcecam muitos inimigos do trabalho.


Todos devem procurar a independência material pelo trabalho honesto, perseverante, e por atitudes de valor, pois é notório que só não progride na vida quem vive parasitária e indolentemente.

É necessário que haja melhor noção do cumprimento do dever. Todos devem viver com inteligência, com critério e com honradez, para que a infelicidade existente na Terra seja restrita ao mínimo.

Grande consolo e satisfação interior sentem os seres que, ao fim de um dia de trabalho, verificam ter empregado bem o tempo, com desempenho criterioso das obrigações materiais e morais.

O trabalho dá bem-estar, saúde e vigor ao corpo, e satisfação e tranquilidade ao espírito.

O indolente passa os dias a pensar no que não deve, e tais pensamentos inferiores o levam a uma existência desordenada e a distúrbios mentais, que culminam em obsessões.

Nas variadas atividades, os seres humanos precisam respeitar-se, impondo-se pela maneira correta de agir, trabalhando com honradez, respeitando o semelhante e nunca pensando em se apoderar do que não lhes pertence.

Há no mundo grande crise de caráter. Muitas pessoas se acomodam a situações dúbias, que as arrastam à prática de atos indignos. Essas não podem ter consciência tranquila, e, daí, resultam desequilíbrios mentais e obsessões, tão comuns nos dias que correm.

O ser humano que trabalha, seja simples operário ou administrador milionário, desde que faça as obrigações com satisfação, com vontade ardente de cumprir o dever, ao fim do dia, embora fatigado, chega ao lar feliz, e à noite, ao deitar-se, goza de sono reparador, com a consciência tranquila.

É bem sabido que felicidade não é possuir fortuna material, pois os ricos, muitas vezes, não são mais felizes por isso. É bem mais fácil encontrar felicidade num lar modesto onde à noite todos estão cansados da labuta de um dia de trabalho do que nos palácios onde, frequentemente, os moradores não têm consciência tranquila, e a vaidade, a inveja e o egoísmo imperam, criando aversões e perturbações psíquicas.

O ser humano que trabalha não se deve julgar pobre, porque produzindo, terá tudo de que necessita, embora modestamente. Quem trabalha sente-se feliz, nada inveja dos que têm mais, nem troca sua tranquilidade pela dos que são ricos de haveres, mas, muitas vezes, desprovidos de moral.

Por esses motivos é preciso saber dar valor ao trabalho, saber empregar bem o tempo, porque todos podem chegar à velhice possuindo o necessário para viver, tendo consciência tranquila pelo cumprimento do dever. Isso é que deve preocupar todo aquele que trabalha, que luta e que procura vencer, galgando as escalas da vida à sua própria custa, sendo útil à família e ao semelhante.

Assim agindo nos sentiremos felizes, veremos que os que nos ouvem sabem pôr em prática os ensinamentos do Racionalismo Cristão, que tanto nos foram úteis em vida física.

Quem trabalha para o bem sente-se feliz
Por Luiz Alves Thomaz

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